A eletroneuromiografia é um exame complementar que permite avaliação dos nervos sensitivos e motores, músculos, fibras nervosas autonômicas e da comunicação entre os nervos e os músculos (junção neuromuscular). Antes do início do procedimento o médico realiza uma avaliação clínica do paciente, para entender os seus sintomas e, juntamente com as solicitações constantes no pedido médico, decidir quais técnicas precisam ser realizadas para alcançar ou excluir um determinado diagnóstico.

O exame de rotina possui etapas que são o estudo de condução (estímulos elétricos aplicados aos nervos sensitivos e motores) e a eletromiografia. Na etapa da eletromiografia uma agulha (semelhante a agulha de acupuntura) é coloca em alguns músculos, para avaliação durante o repouso e a ativação voluntária.

As funções deste exame são identificar a presença, localizar e graduar (em intensidade e tempo de evolução) as doenças dos nervos e músculos. Este exame muitas vezes é a forma mais precisa de avaliar a evolução de doenças neurológicas, bem como para diagnosticar os pacientes que possuem sintomas que são comuns a mais de uma doença. Normalmente é um exame bem tolerado e possui duração média de 40 minutos a uma hora. Para sua realização o paciente não precisa estar em jejum. O ideal é evitar passar cremes ou óleos na pele do corpo, a fim de melhorar a adesão dos eletrodos.

Além dessas duas etapas há testes mais específicos, que dependem do quadro clínico do paciente e da solicitação médica. Outras técnicas que podemos realizar são a eletroneuromiografia de fibra única (Jitter) e testes de estimulação repetitiva para distúrbios da junção entre os nervos e os músculos. Estudo autonômico, para determinar se há presença de neuropatias das fibras mais finas e comprometimento cardíaco. Teste do esforço curto e longo, a fim de avaliar pacientes com suspeita de distúrbios musculares, como as miotonias e paramiotonias. Também pode ser realizada a eletroneuromiografia de face, em casos de paralisia facial ou distúrbios do nervo trigêmeo